6 de set. de 2010

Charleston, Carolina do Sul - hospitalidade, calor e história

Mês de agosto para mim significa viajar para o Congresso Anual da Associação de advogados da qual faço parte. Isso sempre significa muito trabalho e ao mesmo tempo muita diversão com amigos distantes e queridos que, com sorte, vejo no máximo três vezes por ano.

Este ano o Congresso realizou-se em Charleston, Carolina do Sul. Muita gente me perguntou como é que foram escolher essa cidade tão desconhecida ao invés de NY, Miami, Chicago, etc. A resposta é: não faço idéia. E admito que Charleston me surpreendeu.

Em primeiro lugar o papo de que experimentaríamos a verdadeira hospitalidade sulista era para valer. As pessoas são realmente super simpáticas e educadas. Do pessoal do hotel, aos advogados locais. Coisa de interior, sabe? Afinal, Charleston tem apenas cerca de 125 mil habitantes.

A importância histórica da cidade é inquestionável. Foi alí que a Guerra Civil Americana teve início em 1861 quando os cadetes da Citadel abriram fogo contra um navio da União que entrava no porto da cidade. Nas sua imediações existem inúmeras Plantations, aquelas fazendas sulistas no melhor estilo "E o Vento Levou".

A região pertencia ao Rei Charles II da Inglaterra, daí o nome Charleston para a cidade e Carolina para os dois estados, o do Sul e o do Norte. As áreas foram doadas pelo Rei a pessoas de sua confiança e daí surgiram as Plantations. A região é extramamente quente (a temperatura enquanto estive por lá era de cerca de 33º e a humidade por volta de 90%!!!!! - tipo Manaus no verão ...), cheia de mosquitos e por isso era muito difícil conseguir que algum europeu se estabelecesse por lá. Os próprios donos das Plantations deixavam a cidade durante meses no verão. A falta de mão-de-obra impulsionou a escravidão.


Charleston ficou em situação bem difícil ao final da guerra e para piorar foi destruída por um forte terremoto em 1886. Novamente em 1989 um desastre natural destruiu a cidade: o furacão Hugo. O dinheiro do seguro foi utilizado para reconstrução da cidade e hoje os imóveis históricos foram restaurados e estão muito bem conservados.


Visitamos uma Plantation chamada Boone Hall. A casa atual foi construída em 1936 e a família proprietária ali reside. Por isso, o tour da casa abrange apenas 3 cômodos do andar térreo. Não é possível fotografar o interior. Os jardins são muito bonitos e a avenida de carvalhos é majestosa. As casas dos escravos hoje contem uma apresentação sobre a história da escravidão.








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