1 de jun. de 2012

Arredores de Cape Town - A região de Stellenbosch

Dois de nossos dias em Cape Town foram dedicados aos passeios pelos seus arredores. Nos encontramos com um casal super amigo e seus dois filhos. Diversão garantida com ótimas companias!

No primeiro dia, fomos para a região das vinícolas em Stellenboch. Sendo três adultos e três crianças (ou melhor, dois pré-adolescentes e uma criança), decidimos escolher atividades que interessassem a todos. Depois de muita pesquisa e uma reunião em SP de planejamento, fechamos nosso primeiro dia. O roteiro seria: visita à vinícola Vergelegen (excelentes vinhos, ótimo restaurante e jardins maravilhosos) com almoço, visita à vinícola Spier (bem turística, mas com duas atrações fantásticas para nossos filhos: o Cheetah Outreach e o Eagle Encounters) e, ao final, passeio pela cidade de Stellenbosch.

A Vergelegen

A vinícola fica aos pés de uma cadeia de montanhas impressionante. Ela foi fundada no século XVIII e seus prédios são um charme e cheios de história. Os jardins são uma atração à parte. Nós estavamos um pouco preocupados com o que os filhos fariam enqunato nós estivéssemos na visita à vinícola, mas isso deixou de ser um problema rapidinho! Com tantos jardins lindos a explorar, o que não faltava era diversão. As crianças super se divertiram subindo nas centenárias  árvores de cânfora, explorando o jardim de rosas, o bosque e os demais jardins.






Nós fomos à visita e à degustação. Uma van leva os visitantes do "tasting centre" (uma biblioteca antiga linda!), passando pelos vinhedos, subindo em direção ao cellar. A vista dos vinhedos e das montanhas é incrível. Chegando no cellar duas surpresas. O prédio, super moderno, com entrada pela laje superior, de onde se avista até o oceano!




Dos quatro níveis, apenas um nível (praça da colheita praça e centro de visitantes) é visível acima do solo. Os outros três níveis de trabalho (plataforma de fermentação de vinho tinto, nível do tanque principal com sala de engarrafamento e a adega dos barrís) estão enterrados 11 metros abaixo do chão em uma configuração de torre que permite o fluxo gravitacional e manuseio suave. A visita guiada foi muito interessante, principalmente em razão dessa estrutura.




Após a visita, voltamos ao tasting centre onde degustamos três variedades de tintos e três de brancos. Todos muito bons. Almoçamos no restaurante Vergelengen (leia sobre o almoço aqui). A vinícola oferece, ainda, outras opções de almoço: outro restaurante mais informal e um picnic gourmet no bosque. Depois do almoço, as crianças nos levaram para conhecer os pontos dos jardins que mais gostaram em suas explorações. Todos amaram a visita!

É obrigatório reservar a visita guiada e muito aconselhável reservar o restaurante. Separe ao menos 4 horas se quiser fazer o tour e almoçar por lá.

Cheetah Outreach

Nós acabamos nem conseguindo olhar a Spier. Ficamos tanto tempo curtindo a Vergelegen que só tivemos tempo para as atividades com as crianças!

O Cheetah Outreach foi uma decepção. O site prometia encontros com filhotes, mas os mais novos tinham 7 meses e pareciam adultos! Os filhos dos meus amigos até dispensaram o contato com as cheetahs, pois haviam feito algo parecido com filhotes em Pilanesberg. Como essa era a única oportunidade para o André, ele proseguiu com o plano e foi "passar a mão" na cheetah (bem contrariado no início). No final a experiência foi legal, mas não fantástica.




Aconselho que verifiquem antes se eles realmente tem filhotes ou que não criem grandes expectativas nos menores. Importante: eles estão de mudança para outra cidadezinha. Verifiquem o site antes de planejar a viagem. Quem sabe com a mudança eles não melhorem?

Eagle Encounters

Já o Eagle Encounters foi uma grata surpresa! Interagimos com corujas e foi super divertido. Por um extra fee, os meninos puderam segurar uma águia. Eles amaram!! E nós também!




Stellenbosch

Chegamos à cidade já depois das cinco da tarde e encontramos quase tudo fechado! Mas a cidade é muito bonitinha, cheia de lojas, cafés e restaurantes. Sentamos num café para tomar sorvete, olhamos as poucas lojas que ainda estavam abertas e partimos em direção a Cape Town. Eu quero muito voltar. A idéia é passar uma semana somente em Cape Town e na região vinícola, explorando essa cidadezinha e as demais e conhecendo outras vinícolas.


Restaurantes em Cape Town

No geral achei a comida em Cape Town de excelente qualidade e os preços muito razoáveis (comparando com SP que está com preços aburdos achei bem barato). Aqui estão os restaurantes que gostamos em Cape Town e região.

Beluga - Perto do Waterfront, com a entrada meio escondida no páteo interno de um prédio que parece um armazen. Super agradável, gente bonita e comida muito boa. O cardápio é bem eclético, tendo inclusive opções de comida japonesa. Arrisquei e pedi uma massa com ragú de springbok. Não me arrependi, estava muuuito bom. Experimentamos um vinho sulafricano bem gostoso com excelente custo benefício, o Warwick. Estavamos em 6 pessoas, sendo três adultos e três crianças. Nós bebemos uma garrafa de vinho, todos pediram apenas o prato e as crianças comeram sobremesa. Gastei menos do que gasto quando almoço no Almanara ou no América com meu filho em SP ...




Balthazar - Localizado no Waterfront, foi eleito a melhor steak house da cidade. Os cortes e a qualidade são realmente maravilhosos. Desta vez quem inovou foi meu filho que pediu um filé de Impala com fritas. Ele adorou, mas eu tive restrições. Achei a carne agradável ao paladar, mas não ao olfato. O cheiro era diferente e bem forte.



Balducci's -  Restaurante italiano também localizado no Waterfront. Fomos duas vezes. Na primeira fiquei no tradicional carbonara que estava bem gostoso. Uma dica: se você, como eu, detesta o excesso de pimenta do reino à la Estados Unidos na comida, avise antes ao garçon e peça para não colocarem no seu prato. Na segunda vez pedi uma massa a bolonhesa de carne de Kudu. Achei ainda mais gostoso que o de Springbok. Eles também tem um sushi bar e André, na priemira ida, ficou no sushi e sashimi. Já na segunda, comeu uma pizza. Experimentamos uma sobremesa típica, o malva pudding que estava gostoso. O custo aqui também foi mais barato que meus almoços no Almanara.




Sandbar (em Camps Bay) - Nosso hotel em Camps Bay não tinha restaurante, mas isso não foi um problema, já que colado ao hotel ficava o Sandsbar (e dando mais alguns passos você poderia escolher vários outros restaurantes). Na primeira manhã, por pura preguiça, fomos tomar café da manhã no lugar mais próximo. E que escolha! Croissant com salmon defumado e ovos maravilhoso, panquecas com bananas e chantilly, ou simplesmente croissants com manteiga e geléia. Tudo gostoso com serviço eficiente e simpático. Nem arriscamos outros lugares para as manhãs seguintes.



La Colombe (em Constantia Uitsig) - Em 2010 estava em 12º lugar na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Localizado numa vinícola, onde ainda existe um hotel e outros dois restaurantes, o La Colombe é um excelente restaurante. Serviço impecável, cardápio primoroso. Eramos 3 adultos e 3 crianças, duas delas gourmets e a terceira um especialista em filé com pasta na manteiga. Antes de fazer a reserva nós indagamos se o chef se importaria em servir o filé com pasta para nosso especialista e a resposta foi positiva e muito simpática. E o prato foi super aprovado pelo especialista ;-). Os demais, adultos ou crianças se deliciaram com o amuse-bouche cortesia da casa, com as entradas, pratos e sobremesas. Os adultos se encarregaram de duas garrafas de vinho ... A sobremesa de peanut butter era de outro mundo! E a bandejinha de docinhos que acompanhou o café?? Com tudo isso, o preço para duas pessoas foi inferior ao que eu gastaria sozinha com uma refeição parecida em restaurante desse nível em SP. E o lugar é lindo lindo!









Vergelegen (na vinícola de mesmo nome na região de Stellenbosch) - Após a visita à vinícola Vergelegen (veja post aqui), nós almoçamos em um dos restaurantes da propriedade. Neste restaurante também, antes da reserva, indagamos sobre o prato de nosso especialista infantil e eles se prontificaram a prepará-lo. O lugar é maravilhoso, a comida estava muito boa e o vinho excelente. Nós tomamos o vinho branco flagship por um preço inacreditável! Recomendo muito a visita à vinícola e o almoço aqui.






16 de fev. de 2012

Cape Town Maravilhosa!

Ahhhh Cape Townnnn ... me apaixonei!!!


Definitivamente vou ter que mudar minha lista das top 10 cidades para poder incluí-la! Mar, montanhas, lindas vistas .... parece que estou falando do Rio? Pois é ... Cape Town lembra muito o Rio, mas a diferença visual maior está nas montanhas preservadas ... Enquanto no Rio temos as favelas em nossas cabeças, encrustadas nos morros, em Cape Town os morros fazem parte do Parque Nacional da Table Mountain. Isso não quer dizer em absoluto que não existam favelas em Cape Town. Infelizmente, são muitas as favelas, mas localizadas nos subúrbios. Amo o Rio e agora amo Cape Town! 


Vamos ao lado prático. O aeroporto é imenso, moderno, bonito (será que vamos conseguir até a Copa????? Bom, isso é assunto para outro post ...). Me senti enganada pelo taxista que peguei do aeroporto ao hotel. Paguei 400 Rands pela corrida e, quando voltei ao aeroporto cinco dias depois, de transfer privado, paguei 350 Rands ... O duro de quando você chega numa cidade pela primeira vez é saber se está sendo enganada ou não no exato momento. Enfim, melhor estudar o melhor caminho no google maps e já indicá-lo ao motorista como se fosse uma local.


Nós ficamos 5 noites e 4 dias inteiros em Cape Town. Achei pouco, precisava de mais um ou dois dias. Já explico porque. Nosso roteiro em Cape Town foi dividido em: um dia para conhecer o centro e aproveitar a praia em Camps Bay; outro dia para o Two Oceans Aquarium, Waterfront e Robben Island; mais um dia para um passeio na região de Stellenbosch visitando vinícolas, e o mais um dia para o passeio até o Cabo da Boa Esperança, com diversas paradas.


Vocês devem estar pensando que errei a descrição acima, pois cadê a Table Mountain???? Pois é ... sabe quando todo mundo diz que subir na Table Mountain depende do vento e que mesmo dias bonitos não garantem que o bondinho esteja funcionando? E que, portanto, quando o bondinho estiver aberto, mude seus planos e corra pra lá? Então, deixei de seguir o conselho no meu primeiro dia por lá e dancei ... simplesmente não consegui subir na Table Mountain!!!!!! Decepção total!!! Mas prefiro encarar como uma razão para voltar logo para Cape Town!!!


Um ponto importante no planejamento da viagem foi a escolha da localização do hotel. Todo mundo fica hospedado em hotéis localizados no Waterfront (um complexo com hotéis, shopping centers e restaurantes numa área do porto), mas com praias lindas eu achei que talvez seria melhor ficar numa das praias. Escolhi ficar em Camps Bay, a praia badalada de Cape Town. Consegui encontrar um hotel de frente para o mar com preço bom. O Place on the Bay tem studios e apartamentos de um ou dois quartos. A decoração é meio desatualizada, mas os quartos/apartamentos são ótimos e quase todos têm vista para o mar. Eu paguei por um studio e ganhei um apartamento com sala, cozinha, dois quartos e dois banheiros! Ficamos super bem acomodados e o pessoal do hotel era super simpático e atencioso.


E amamos ver o pôr do sol todos os dias, dormir com o barulho do mar e tomar o café da manhã curtindo o visual incrível!


Nos próximos posts conto como foram nossos passeios! Por enquanto vejam essas fotos do hotel e de Camps Bay. 









15 de fev. de 2012

Safáris em Zambia - em elefantes e de carro

O hotel Tongabezi não fica localizado dentro do parque nacional, mas recebe "visitas" de alguns animais. Já contei neste post aqui que cada cottage/house do hotel tem um Valet e uma das suas funções é acompanhar os hóspedes à noite caso algum hipopótamo apareça ... 


Visitantes super bem-vindos e em grande número eram os macacos vervet. No final da tarde ele lotavam as árvores e os caminhos do hotel. A ordem era não deixar o cottage aberto, pois uma vez que um macaco entra na sua casa ela nunca mais será a mesma ... sem falar nos objetos desaparecidos ...


Vejam que fofos! Muitas famílias. Impressionante como os pais protegem os filhos como nós! Ficavam abraçadinhos com os filhotes por conta de nossa presença.






O hotel incluía um game drive (como são chamados os safáris) no parque nacional. Já no caminho, na estrada, vimos um bando de elefantes. Eles pararam a estrada e ficamos uns 10min observando. Lindos!




Nesse parque nacional não existem felinos. Mas haviam muitos tipos de antílopes, como impalas (o Bambi), kudus (listras brancas pelo corpo), waterbucks (tem um círculo branco no bumbum e em volta do pescoço), além de zebras, gnus, javalis, girafas, elefantes, búfalos, macacos vervet, babuínos, crocodilos, hipos, etc. 


Esse foi nosso primeiro safári e na hora achamos bem emocionante. Depois na África do Sul fizemos safáris mais emocionantes, mas eles não tiraram o brilho do primeiro.





Agora, o safári montado em elefantes foi o máximo! De safári, na verdade, não teve nada (não demos sorte e só vimos macacos), mas a interação com os elefantes, montar num deles, passear e até entrar no Zambezi foi uma experiência incrível! Na chegada fomos recepcionados com café e chá e recebemos uma explicação sobre o lugar, os animais e o passeio. Os animais ficam na reserva particular soltos. Eles estão condicionados a dormir em determinado lugar, portanto, logo cedo (6h30!) os elefantes entretêm os visitantes e depois podem ficar soltos pela reserva. Ouvimos histórias interessantes, como a de uma elefanta que desapareceu por alguns anos e voltou assim que teve um filhote.  


Eramos oito pessoas no grupo e André sendo a única criança pode escolher primeiro em qual dos elefantes gostaria de montar. Após uma breve apresentação dos elefantes, André escolhe o que havia sido descrito como "free spirited", que mostrou-se apenas uma forma mais elegante de se referir a um elefante desobediente e faminto!! 


Devidamente acomodados no Madinda, nosso free-spirited elephant, iniciamos o passeio. Logo percebemos o espírito livre de Madinda. Ele saia da fila de elefantes e dava uma disparadinha pro lado para poder comer mais! E nós segurávamos super forte e chacoalhávamos feito loucos. E isso acontecia a cada dois minutos! Ao menos fizemos a alegria do nosso grupo que super se divertiu com as estripulias do Madinda.  Fomos até a beira do Zambezi, onde paramos para umas fotos. Depois seguimos pelo rio e ficamos com um medinho de que ele resolvesse afundar muito ... mas nada aconteceu ufa!





Na volta do passeio alimentamos os animais e pudemos ficar um tempão bem pertinho deles. Fofos! Então nos apresentaram um DVD do passeio para comprar. Mas, diferentemente do DVD do passeio de helicóptero, desta vez mostraram o filme todo e era super bem feito, com tomadas lindas e mostrando nosso grupo o tempo todo. Claro que fiquei US$ 40 mais pobre e comprei o DVD ...

9 de fev. de 2012

Victoria Falls - Livingstone Island - a grande aventura

Dando continuidade ao post sobre Victoria Falls (que você encontra aqui), vou contar sobre o passeio para a Livingstone Island.

David Livingstone foi um missionário escocês e explorador europeu da África, cujo desbravamento do interior do continente contribuiu para a sua colonização. Ele foi o primeiro europeu a colocar os olhos nas cataratas que eram conhecidas como Mosi oa Tunya e as renomeou por Victoria Falls em homenagem a sua rainha. Maiores detalhes sobre Livingstone você encontra aqui.

Livingstone aproximou-se das quedas pelo rio Zambezi levado pelo povo local em canoas. Eles remaram até uma ilha localizada mais ou menos na metade da extensão da catarata. Essa ilha hoje é conhecida como Livingstone Island. Foi na ilha que Livingstone avistou as quedas e disse a famosa "scenes so lovely must have been gazed upon by angels in their flight".

Vamos ao passeio, que é operado pelo Tongabezi, mas sai das margens do rio no hotel Royal Livingstone. Foi uma oportunidade para conhecermos esse hotel tão bonito. Você pega um barquinho a motor e segue na direção da catarata e do seu spray. Dá uma certa aflição ver que estamos indo em direção à queda d'água ...





Chegando na ilha recebemos um drink (horroroso!) local que seria afrodisíaco ... Fizemos um passeio a pé pela ilha (que é pequena) e fomos até a beira da catarata. Foi impressionante ficar em pé nas pedras na extremidade da catarata olhando lá para baixo!!! E cada arco-íris!!!



Daí veio a parte mais emocionante!!! Nadar numa piscina natural na extremidade da catarata!!! A piscina natural famosa é a Devil's Pool (veja um video aqui). É como uma piscina de borda infinita ... você mergulha nela!! Só que você só pode nadar na Devil's Pool quando a vazão da água está baixa. E em janeiro, apesar de ainda não ser a época de maior vazão (abril/maio), é perigoso demais em razão da força da água.

Eles dão uma alternativa à Devil's Pool: a Rock Pool. No início imaginei que seria um prêmio de consolação ... uma piscininha natural sem graça lá longe da borda ... ledo engano ... essa é mais perigosa que a Devil's Pool!! A Rock Pool é mais uma jacuzzi. Você não pode mergulhar, tem que entrar sentando. nela você fica sentada e uma pequena, mas forte, queda d'água pode te massagear ...

André entrou primeiro junto com um dos guias. A força da água era tal que o André tinha que ser seguro pelo guia ... ou a água poderia levá-lo! Eu entrei em seguida e fiquei sentada ao lado dele. Realmente, a força da água é impressionante. Quando fui mudar de lugar para sair nas fotos tive que me segurar forte. Fora o susto de ter sido mordida por peixinhos nos pés e tornozelo!!! hahahaha louca berrando na piscina!!!






A emoção é indescritível ... um desafio e tanto! Mas não é para qualquer um ... tem que ser do tipo corajoso ... Mas é uma experiência que ficará gravada pro resto da vida. E isso é o que importa, não é mesmo?

Depois da sessão jacuzzi com massagem na Rock Pool fomos até uma tenda armada na ilha para nosso café da manhã. Nos serviram suco, chá, café, scones com manteiga e geléia e eggs benedict ... delicioso!!!

Ouvi dizer que algumas pessoas contratam guais para levá-los a Livingstone Island por uma trilha na beira da catarata. Acho uma loucura completa, super perigoso! A experiência de nadar na piscina natural (qualquer uma delas) já é arriscada e emocionante, mas tentar chegar lá à pé, é demais ... nenhuma economia de dinheiro vale isso ... O passeio não é barato, custou US$ 70 por pessoa, mas também não é nada que vá te deixar pobre ... afinal, o mais caro é chegar lá e se hospedar ...

Victoria Falls sob vários ângulos

Antes do começar a relatar as aventuras relacionadas a Victoria Falls, cabe informar um pouco a ser repeito. As cataratas tem 1,7 km de extensão e em média 105m de altura. Fica localizada na fronteira entre Zambia e o Zimbabwe, no rio Zambezi. O seu nome local é Mosi-oa-Tunia, que significa "fumaça que troveja", já que você vê o spray de muito longe e escuta o barulho da água.

Esta foto aérea das cataratas abaixo dá uma boa idéia de sua magnitude e da impressionante  estrutura. O rio Zambezi é calmo e extremamente largo até chegar nas cataratas, daí sua extensão. Após as quedas, ele se torna muito estreito, cheio de corredeiras (excelente para rafting) e vai "zigzagueando" entre canions por quilômetros.


vejam no canto esquerdo o início do canion
Existem três maneiras de visitar as cataratas e nós fizemos as três!!! Primeiro a visita por terra. Você chega ao Parque Nacional, paga sua entrada e anda por trilhas que vão margeando o rio e as quedas. As trilhas se afastam um pouco do rio e retomam em frente às quedas. Você atravessa uma passarela e continua caminhando paralela às quedas até aproximadamente a metade da catarata. Daí o rio Zambezi continua a correr lá embaixo, já no canion. Do outro lado do canio está o Zimbabwe.








Nesses passeios das trilhas o hotel fornece pesadas capas de chuva contra o spray das quedas. Quando me falavam em spay eu imaginava um chuvisco. Na verdade, parece que você está embaixo de chuva relativamente forte. Impressionante! Sem a capa você fica completamente encharcado! Muito importante observar que não se deve fazer esse passeio de tênis ou botas (mesmo se imperméáveis), pois vão encharcar como se você tivesse entrado no rio! Lá na trilha quando você começa a sentir o spray chegando tem uma barraca onde alugam capas, guarda-chuvas e crocs por US$ 2 cada.




Nosso guia também levou um guarda-chuva para usar ao tirarmos as fotos. Não deu para usar minha Nikon D3100, e mesmo com uma Sony pequena e à prova d'água, sem estar embaixo do guarda-chuva não conseguia tirar as fotos direito por conta dos respingos na lente.

Saindo do Parque Nacional paramos no mercado que fica bem no estacionamento. Nosso guia mandou a gente barganhar e nunca pagar mais da metade do primeiro preço pedido pelos vendedores. As barracas são cheias de artesanato super legal. E mesmo antes da barganha, tudo é barato. Eu ODEIO pechinchar, ainda mais num lugar pobre, onde você percebe que eles realmente precisam vender. Pechinchei mas nem tanto. Agora, vou te dizer ... precisa de uma mega paciência para aturar as práticas dos vendedores. Eu fiquei tão irritada que poderia ter comprado o dobro do que comprei, mas saí de lá antes de matar um deles! Claro que surtei ... depois de barganhar, fechar o preço, dar o dinheiro, o cara nem me dava o que comprei nem o troco! Ficava falando: ao invés do troco leva mais esse elefante! Dianto do não, ele replicava "então esse elefante, essa girafa e esse pratinho". Lá pelas tantas eu dei um berro "NO!! I want by things and my change NOW! hahahaha ... a cara deles ... não deve ir muita paulistana estressada comprar por lá ... Na cidade tem outro mercado bem mais light, onde me diverti mais e comprei mais no dia seguinte. Vale a pena comprar o artesanato que é bem bonito. Comprei cestas, bichos em madeira, "bonecas" em madeira e tecidos.

Voltando a Victoria Falls, o próximo passeio foi o vôo de helicoptero sobre as cataratas. Eu optei pelo passeio de 15 minutos que sobrevoava as cataratas duas vezes (assim você tem uma visão de tudo, independentemente do lado que tenha sentado), e percorria uma parte do Zambezi rio acima e o parque nacional Zambezi (onde você faz safari).




Esse passeio é conhecido como o "Flight of the Angels". O explorador escocês David Livingstone ao avistar as cataratas pela primeira vez teria disso "scenes so lovely must have been gazed upon by angels in their flights". Mais sobre Livingstone você encontra neste post aqui.

Usamos a United Air Charter e o helicoptero era novo e excelente. O André foi sentado na frente junto com a piloto e eu fui atrás com outras duas pessoas (na janelinha, é claro!). Nunca tinha andado de helicoptero e achei super seguro e tranquilo. O visual é impressionante, principalmente do zigzag dos canions após a queda d'água. Eu diria que esse passeio é obrigatório para se ter uma real noção da magnitude da catarata.









Ao final do passeio eles oferecem um vídeo do seu voo. Como tinha uma câmera dentro do helicóptero e eles mostraram uns segundos do filme onde o André aparecia super bem, acabei comprando (US$ 30). Quand0 fomos assistir em casa vimos que eles nos filmaram chegando e entrando no helicóptero, só aqueles segundos do André e o resto era um vídeo pronto do passeio. O vídeo é bom, mas como eu esperava o nosso voo e não um voo qualquer, fiquei um pouco decepcionada.

Vou deixar a terceira forma de visitar as cataratas para outro post. Este acabou ficando muito grande! E a Livingstone Island merece um post detalhado!

4 de fev. de 2012

Aventuras em Zambia - Passeios pelo Rio Zambezi

Nós fizemos três passeios pelo rio Zambezi, todos incluídos na diária do Tongabezi.

Logo que chegamos, após nos acomodarmos no nosso Cottage, fomos surpreendidos pelo almoço servido em um barco no rio Zambezi. O pequeno barco havia sido preparado com uma mesa e guarda-sol. As entradas foram servidas ainda enquanto estavamos ancorados e, assim que o prato principal foi servido, o passeio começou.

A comida estava deliciosa e foi super gostoso almoçar passeando pelo rio. Avistamos vários hipopótamos, vimos pássaros lindos e aprendemos mais sobre o rio e os animais. De volta ao hotel, a sobremesa foi servida à sombra. Maravilhoso sorvete de goiaba natural!






Como eu não fazia idéia sobre essa recepção tão diferente, já havia agendado para nosso primeiro dia o passeio de barco no Zambezi para o pôr do sol. Assim, fomos novamente passear no rio em torno de 5h30 da tarde. Desta vez, o guia nos levou na direção oposta. Pudemos ver os hipos, mais pássaros e até macacos e um kudu na margem do lado do Zimbabwe. Podemos até dizer que fomos ao Zimbabwe .... vejam a foto do André que prova que estivemos lá ;-)


No meio do passeio, foram servidos aperitivos. André ficou na Coca e eu comecei experimentando uma cerveja local, a Moasi, bem gostosa. Mas como o calor estava forte, ela logo esquentou e eu passei para meu drink preferido, gin tônica! Apesar das várias nuvens no céu, ver o sol se pondo foi bem bonito.

No dia seguinte, após o almoço nós fizemos canoagem no rio. Esse passeio foi uma grande aventura, já que o rio é repleto de hipos e crocodilos (segundo o guia, você não os vê, mas eles estão lá!). Recebemos as instruções de segurança e quase desistimos quando o guia nos falou como agir na improvável hipótese de sermos atacados por hipopótamos!!!! Fiquei mais tranquila quando ele complementou que iria numa canoa em nossa frente e que um barco a motor também nos acompanharia para "inspecionar" o rio antes de passarmos e nos socorrer em caso de imprevistos.

Não chegamos perto dos hipopótamos, é óbvio, e também não vimos nenhum crocodilo. O passeio foi super tranquilo e agradável. Remamos por 3.5 km no rio até a ilha Sindabezi, que pertence ao hotel e conta com 5 chalés e estrutura de hotel. Fizemos um tour pela ilha e os chalés são lindos, a estrutura ótima e as vistas incríveis. Mas achei um tanto isolado demais para meu gosto ... Voltamos de barco a motor, pois remar contra a correnteza seria demais, né?



Zambia - uma viagem cheia de aventuras e surpreendente

Férias de janeiro na África ... uma nova aventura ... novo continente a ser desbravado ... empolgação total!!! Primeira parada: Livingstone, em Zambia, para conhecer Victoria Falls, uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo.

O planejamento da viagem foi intenso ... horas revirando a net atrás de um hotel legal. A operadora sugeriu o Royal Livingstone, que é maravilhoso, mas achei que o custo/benefício não compensaria. Fora que é um hotel super chique e eu estava querendo uma aventura mais africana, um lodge.

Então encontrei o site do Tongabezi. E me apaixonei!! Não era um hotel barato, pelo contrário, mas oferecia uma série de passeios no preço, além de ser all-inclusive. E o Tongabezi provou ter sido a escolha perfeita. O serviço era mais que atencioso, a comida maravilhosa, o lugar lindo, os guias excelentes!

O hotel fica nas margens do Rio Zambezi, a 15 quilômetros de Victoria Falls e possui apenas 5 Cottages e 4 Houses, ou seja, lotado fica com apenas 18 hóspedes (talvez umas crianças extras). Durante nossa estada de três noites o número de hóspedes variou entre 4 e 10, tornando o atendimento mais que personalizado.

Eu escolhi nos hospedar em um dos Cottages. São todos à margem do rio, com uma varanda decorada com sofá. O Cottage em si não possui vidros. Os janelões são fechados apenas com tela contra mosquitos, o quarto é amplo com cama de casal, sofá, escrivaninha, banheiro também amplo e com janelão nos mesmos moldes. A privacidade é total, já que os janelões são voltados para o rio. As Houses são totalmente abertas, com parades apenas na lateral e nos fundos. A frente não possui nem uma partezinha de alvenaria, nem tela: apenas mosquiteiro preso como cortina. Achei que era too much e preferi um pouquinho de alvenaria e as telas do Cottage.






Para cada Cottage e House o hotel designa um Valet. Essa pessoa é a única a fazer a limpeza e a organização do Cottage, a lavar suas roupas (lavandeira está inclusa no preço e cada Cottage tem um cesto para você colocar a roupa suja) e a acompanhar os hóspedes pelo hotel após o anoitecer (já que os hipopótamos podem sair do rio e passear perto do seu Cottage ou House ... já conto!). O nosso Valet chamava Given e era super atencioso. Ele conseguiu até consertar a mala do André, que sofreu um corte de canivete ao ser desembalada daquele plástico verde da proteção ... Ele mandou costurar e ficou perfeita!

O rio Zambezi é majestoso. É o quarto maior rio da África em extensão e o maior a desaguar no Oceano Índico. Na região onde estávamos ele é super largo, com ilhas, repleto de hipopótamos e crocodilos!! Na outra margem já estamos no Zimbabwe.

A comida no hotel era excelente. O café da manhã super farto: frutas, cereais, iorgutes, sucos, pratos típicos, opções de ovos, bacon, panquecas ... No almoço eram servidos pães caseiros com alguma pasta, salada com molho delicioso, uma entrada (muitas vezes sopa, mas sempre diferentes e gostosas - e olha que eu não sou muito fã de sopas ...), prato e sobremesa (sempre sorbet de frutas feito no local). Para o jantar outros tipos de pães e pastas, a mesma salada, uma entrada e duas opções de prato, sobremesa (tortas lindas e deliciosas). Sendo all inclusive, as bebidas, mesmo alcoólicas (com pouquíssimas exceções, tipo champagne) estavam incluídas.



Antes do jantar os hóspedes se encontram numa área em volta de uma fogueira para tomar drinks e relatar as aventuras do dia.

As atividades fornecidas pelo hotel incluiam o passeio a Victoria Falls, passeios de barco no Zambezi ao amanhecer e ao anoitecer, canoagem no Zambezi, visita a vila e mercado locais, pescaria, etc. Vou contar sobre cada uma das atividades por nós escolhidas nos próximos posts!

Uma das coisas que mais me agradou no Tongabezi foi a preocupação social. O hotel cedeu uma área para a construção de uma escola que atende as crianças carentes da região (e filhos de funcionários). A escola é mantida por uma verba ínfima do governo e por doações das famílias dos donos do hotel e dos hóspedes. No site do hotel eles falam sobre a escola e encorajam os hóspedes a levarem doações para a escola. Nós fizemos isso e amamos! Levei diversas caixas de lápis de cor, pacotes de réguas, borrachas e apontadores e caixas de lápis preto. O nosso Valet, Given, nos levou até a escola para uma visita. Foi emocionante! Conhecemos a Vanessa, criadora da escola e britânica, e a outra administradora, também britânica, Beth. Elas largaram tudo na Inglaterra para se dedicar a essas crianças carentes. Algumas crianças andam 10 quilômetros, sem comer nada, para chegar na escola. Eles tem um programa de saúde também.




Para quem se interessar, clique aqui para acessar o site da escola e conhecer o projeto.